skip to main |
skip to sidebar

A artista que entrevisto esta semana chama-se Joana Reis, tem 24 anos e vive em Vila Nova de Gaia. As suas criações com lã são muito inventivas e originais, fugindo ao que normalmente se vê feito com esse material!

- Como surgiu o teu interesse pelo artesanato?
Desde miúda sempre me levaram a feiras de artesanato e acho que foi aí que lentamente comecei a gostar, sempre comprei muitas coisas nesses sítios. No geral, acho que desde que me lembro que gosto de trabalhos manuais.
- E daí até começares a vender o que fazias, como é que aconteceu?
Demorou imenso tempo, confesso. Fiz o meu primeiro estojo quando tinha 12/13 anos e sempre adorei o resultado. Acho que é das poucas coisas que mantive durante tanto tempo. Há uns meses atrás, como ainda o utilizo, comecei a pensar em tentar fazer outro, para ver se conseguia. Entretanto, vi crescer um projecto amigo chamado Azul Cian e isso deu-me motivação e coragem para tentar fazer o mesmo.
- De onde vem a tua inspiração?
Depende muito. Tanto pode ser de querer algo para mim que não encontro em qualquer lado e tentar fazer, de ver uma combinação de cores que goste, etc.
- Qual o teu material preferido para trabalhares?
Sem dúvida, a lã. É o que dá a cor e vida ao que faço.
- Como surgiu a ideia de começares esta original linha de pulseiras e pregadeiras em lã?
Inicialmente, comecei por fazer estojos e bolsinhas, que são peças um bocado mais demoradas e que cansam mais. As pulseiras e pregadeiras surgiram de uma forma muito natural: apetecia-me fazer algo menos complicado e começaram por ser coisas que fiz para mim, porque queria ter uma pulseira de determinada cor ou uma pregadeira com uma certa combinação. Gostei dos resultados e resolvi fazer mais.
- Dedicas muito tempo às tuas criações? Como é a tua rotina diária?
Como tenho bastante tempo livre, acabo por dedicar parte do dia a fazer algumas peças. Tento dividir pela manhã e tarde. Se tiver prazos, faço horários mais estranhos.
- O que te agrada mais em venderes as tuas peças?
Agrada-me pensar que alguém compreende as minhas ideias e que as reconhece como algo que é possível usar no dia-a-dia.
- Planos para o futuro?
Recentemente, comecei a fazer malas e cintos, por isso quero apostar em aperfeiçoar este tipo de peças. Além disso, quero também expandir este projecto: mais divulgação, abrir uma loja no Etsy e quem sabe, vender as minhas peças noutras lojas.

Podem encontrar o trabalho da Joana exposto no seu blog, Myspace e album do Flickr!
Ontem o meu trabalho foi referenciado mais uma vez no site Cuteable, muito obrigado!

E hoje estou na página princiapl do Etsy com este lindo tesouro feito pela Carina:

Obrigada :-)

Depois do hiato para férias da semana passada, hoje tenho o prazer de vos apresentar a Kim, também conhecida por stOOpidgErL, que é uma artista de 27 anos a viver em Mount Clemens, no estado do Michigan (E.U.A.). Ela trabalha a tempo inteiro como uma bem sucedida gerente de loja no Etsy e surpreende-nos com as suas criações coloridas e inventivas!

- Como surgiu o nome da tua loja?
As pessoas estão-me sempre a perguntar isso! Durante a minha adolescência passei por alguns períodos difíceis. Interessava-me por coisas alternativas e muitas vezes vestia-me com roupas algo bizarras. Os meus colegas da escola incomodavam-me um bocado por causa disso. Eu não estava integrada e as pessoas nunca me quiseram aceitar. Chamarem-me nomes era bastante comum durante esses anos e alguns deles eram “freak”, “esquisita”, “estúpida”, etc... por isso achei que, já que me vão chamar estúpida, mais vale eu própria chamar-me a mim mesma isso para aliviar a conotação desse nome. É difícil de explicar... mas “stoopidgerl” (rapariga estúpida) é um pouco como a minha defesa. De uma certa forma estranha, acho que este nome me dá força.
Quando abri a minha loja no Etsy com o nome “stoopidgerl” pensei “oh, quem é que vai querer comprar-me coisas com um nome destes?" Tinha medo que as pessoas não tivessem confiança em mim por causa disso. Mas preocupei-me por nada... a minha loja está a saír-se bastante bem e à medida que o meu "feedback" aumenta, as pessoas podem ter a certeza de que vão receber um produto espectacular da minha parte. Nunca me enganei ainda com nenhuma encomenda! Portanto, vejam... a rapariga estúpida, não é afinal assim tão estúpida!
- Como surgiu o teu interesse pela arte e o artesanato?
Eu sei que isto é um "cliché"... mas o interesse surgiu assim que consegui segurar um lápis de cera na minha mão. Desde pequena que coisas como impressões digitais, brilhos e livros de colorir sempre me fascinaram. A minha mãe sempre me encorajou e me comprou materiais para fazer coisas. Sempre me interessei pela arte e pelo artesanato desde que me lembro e sempre foi o meu sonho ocupar-me deles como profissão. Se temos uma boa estrutura de apoio à nossa volta, é bastante encorajador. Acho mesmo que essas pessoas que acreditaram em mim me deram o empurrão que eu precisava para seguir a minha paixão como carreira.
- Onde vais buscar a inspiração para a tua fotografia e produtos?
Para o meu trabalho em fotografia sempre fui inspirada pelo "kitsch", o Carnaval e a cor! O meu objectivo é transmitir sentimentos de felicidade através da fotografia. Tenho sido conhecida por tornar interessante a coisa mais comum. Quando andava na universidade, tinha aulas em Detroit, que é a cidade mais sombria e escura de todas, então quando estava por trás da câmara queria distorcer aquilo que via... transformar o escuro em luminoso. Tranformar a tristeza em felicidade.
No que toca à minha bijuteria, a inspiração vem da minha infância. Quando estou a trabalhar com a resina no meu laboratório sinto-me como o Willy Wonka. Consigo ouvir a carrinha dos gelados a chegar, descendo pela rua onde eu cresci. Volto às minhas memórias de infância. Vejo arco-íris e unicórnios. Tudo o que me fez feliz enquanto criança faz agora parte da minha bijuteria.
- Interessas-te por fotografia, mas também fazes bijuteria, colagens e pregadeiras... tens especial preferência por alguma destas coisas?
Neste momento, tenho de admitir, estou obcecada com a resina! Talvez os vapores me tenham dado a volta à cabeça, mas essa é a minha paixão. Quando estou a trabalhar com a resina é como se estivesse no meu elemento. É um escape para mim e uma boa maneira de descarregar o stress. E fico tão entusiasmada por saber que pessoas de todo o mundo agora usam as minhas criações à volta do seu pescoço. É isso que me motiva... a parte de partilhar.
- Que máquinas fotográficas usas?
Tenho acumulado uma boa colecção ao longo dos anos! Tenho Holgas, uma galeria de Polaroids, imitações de Diana e muitas outras câmaras antigas que comprei em lojas em segunda-mão. A minha primeira máquina digital é a Canon 20D que já tenho há imensos anos. A minha máquina preferida de todas é provavelmente a Holga, adoro a liberdade de fotografar com uma máquina destas. Também sou grande adepta das fotografias de formato quadrado e tenho uma grande paixão pelos rolos. Costumava fazer muitos trabalhos a preto e branco quando tinha acesso a um laboratório de revelação, mas como agora já não tenho, uso apenas rolos a cores.
- Qual o teu material preferido para trabalhares?
A resina, definitivamente! A resina tem sido óptima até agora, apesar de ser um material traiçoeiro para se trabalhar. Se a temperatura não está certa ou se não for misturada correctamente, tudo o que fizeste pode saír mal.
- A loja ocupa muito do teu tempo livre? Como é a tua rotina diária?
Bem... a primeira coisa que faço de manhã é ligar a máquina de café e sentar-me em frente ao computador, já que normalmente há algumas mensagens no Etsy à espera de serem respondidas. Se tiver tido encomendas durante a noite, embrulho-as logo de seguida. Depois, com a minha chávena de café numa mão, navego pelo Etsy durante um bocado... vejo os forums, ou procuro algo para comprar. Não trabalho com a resina todos os dias, mas quando o faço começo aí pelas 13h e acabo por volta das 18h. Demoro uma hora ou duas a fotografar as minhas peças e a pô-las à venda. Também tenho trabalhos em resina que precisam de ser polidos. Acho que muitas pessoas substimam o tempo que leva a fazer-se criações com resina, o processo completo arrasta-se durante alguns dias. Dá muito trabalho, mas eu adoro cada minuto dele!
- O que te agrada mais em venderes a tua arte?
A melhor coisa em vender a minha arte é saber que as minhas peças andam por aí. Que há pessoas que as querem pendurar na parede, usa-las ao pescoço ou pô-las nos dedos. Já enviei as minhas peças para alguns países bem invulgares e fico radiante por saber que a "stOOpidgErL" anda um pouco por todo o mundo! Austrália, Reino Unido e Canadá são alguns dos países para onde envio coisas regularmente.
- Planos para o futuro?
Planos para o futuro? Hummm... saír do Michigan o mais depressa possível! Tenho sonhado em mudar-me para Las Vegas já há muitos anos... adorava fazer isso acontecer em breve. Adoro o que faço agora, mas algum dia gostava de abrir uma loja para vender as minhas peças, assim como criações de outros artistas e objectos "vintage". Também gostava de aprender algumas técnicas de trabalhar o vidro. Desde o Secundário que gostava de ter aulas sobre como soprar o vidro. Adoro aprender coisas novas! Comigo nunca se sabe, adoro estar entretida com todo o tipo de coisas diferentes. Sou como uma cientista louca assim que me encontram no meu espaço de trabalho!

Podem encontrar mais criações originais da Kim na sua loja Etsy e no seu albúm Flickr!

A FNAC de Coimbra organiza em Abril a sua segunda maratona fotográfica. Para mais informações basta pedir o regulamento no Balcão de Fotografia! É uma iniciativa muito interessante na qual certamente irei participar :-)